Sala 4 . 1931-1950 |
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Anos de produção artística sobre a égide do Estado Novo. Confluências e distanciamentos |
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Autor Júlio Pomar Modalidade Pintura Técnica Óleo sobre madeira Dimensões 31,3 cm x 26,2 cm Datado 1942 Proveniência MU.SA - Museu das Artes de Sintra ![]() |
Cabeça-estudo Óleo sobre madeira, surgindo no centro da obra uma cabeça de mulher idosa. O rosto é-nos apresentado sob as cores amarela e vermelha escura; na cabeça, usa o que parece ser um lenço verde. O fundo da obra é preenchido com as cores amarela e verde, havendo variações de tons. Esta é uma das obras do início da carreira de Júlio Pomar, tendo sido adquirida à data pelo arquitecto Castro Rodrigues, numa mostra designada por "Exposição da Rua das Flores", integrando ainda nessa década a colecção da Sala-Museu de Paula Campos. Estas exposições de jovens artistas organizavam-se numa tentativa de romper com as instituições conservadoras artísticas de então, como a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (Pomar irá mesmo estudar para o Porto) e a Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) [1], as quais bloqueavam qualquer hipótese de novidade. Este óleo emerge desses tempos, experimentalista, ressaltando alguma estética recuperada dos expressionistas da década de 10, seja na soturnidade do rosto e da envolvência, seja no tratamento plástico; porém, Pomar não se agarrará a rótulos, aos 'ismos' retratados por Dorfles, mas trilhará sempre e até hoje, novas experiências, novos rumos. [1] Muitos destes jovens artistas, como Pedro Anjos Teixeira e Francisco Castro Rodrigues irão mesmo candidatar-se e ganhar a Direcção da SNBA. |